sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Desafio de Dilma é provar que não é “Lula de batom”, diz revista britânica

The Economist afirma que ela tem de acalmar investidores e analisa os próximos desafios
Do R7

A revista britânica The Economist, na edição desta semana, traz uma análise sobre os desafios de Dilma Rousseff após a vitória nas urnas. A publicação diz que a presidente eleita deve enfrentar os desafios de acalmar os investidores, assim como fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, e de provar que não é apenas o “Lula de batom”.
A revista relata que Dilma se elegeu levantando a bandeira da continuidade e fez um discurso logo após a eleição descartando mudanças na economia que causem “ondas ou confusão”, mas levanta desconfianças por ter feito parte de uma organização de esquerda durante a ditadura e de ser de uma ala do PT que defende intervenção do Estado na economia.
A publicação ressalta que os críticos estarão de olho nela, a partir de 1º de janeiro, para saber de que forma Dilma vai lidar com a responsabilidade fiscal. Para manter suas promessas, a nova presidente “terá de cortar partes do Orçamento em que Lula não tocou, como as pensões do serviço público. Mas atacar essas vantagens irritaria a base dela e os sindicatos, que ainda são uma força considerável no PT ”.
Mas, segundo a The Economist, se Dilma estiver disposta a brigar pelas reformas, ela vai ter mais chances de se sair bem do que Lula. Diferentemente de seu antecessor, a nova presidente terá ampla maioria nas duas Casas: Câmara e Senado. The Economist diz ainda que as nomeações da nova presidente deverão passar “por escrutínio” [avaliação] e que os investidores esperam que ela convença Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, a ficar no governo. Os mesmos investidores também estariam de olho em Antonio Palocci, cotado para a Casa Civil.

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